segunda-feira, março 28, 2005




Gosto da Nicole Kidman. Da Lauren Bacall. Até da Anne Heche e do Peter Stormare. Só não compreendo o que lhes passou pela cabeça para aceitarem fazer este filme. O mais europeu cliché dos filmes americanos. Uma enorme perca de tempo e de dinheiro apenas para nos mostrarem que apesar do cônjuge ter falecido há 10 anos, a menina continua ainda apaixonado pelo maridinho. Em formato reduzido e tenebroso. Marido esse de quem afinal nem sabemos nada. Casamento do qual não temos conhecimento. Apenas que casaram 30 vezes em 30 dias e não obstante o bastard tinha um caso com uma amiga do casal.
Eu juro que não entendi o filme. É tão rebuscada a ideia que uma criança de 10 anos se consiga fazer passar por um adulto cientista e educado que chega a ser anedótico. E a banda sonora linda, sugestiva, mas que afinal não levava a lado algum. Ai que perca de tempo. O meu.

segunda-feira, março 21, 2005

Balamento

É Páscoa é tempo de balamento!
Nesta época na Madeira joga-se ao balamento. Nome estranho que não consta do meu dicionário e que não lembra a rigorosamente nada. Nem consigo descortinar a origem da palavra. Balamento é balamento.
As regras são simples: ao aproximar-se da Páscoa, normalmente uma ou duas semanas antes, duas pessoas estabelecem o pacto do balamento. Todos os dias e uma vez por dia têm que dizer ao outro a palavra 'balamento'. Há que apanhar o outro desprevenido, completamente esquecido e tunga! grita-se balamento e ganha-se um ponto. Ganha quem tiver dito balamento primeiro que o outro mais vezes acumulando um ponto por cada vez. O jogo termina na 6ª feira santa e o vencido oferece as amêndoas ao vencedor.
Lá em casa quando voltavamos da escola, havia sempre alguém escondido atrás de uma porta à espera de gritar ao oponente a palavra balamento, ou a irromper quarto adentro e gritar ao ouvido do que ainda estava a dormir, acordando-o e somando um ponto. O meu pai fazia-se sempre de esquecido e acho que nunca ganhou um único balamento...
A minha irmã mais nova, num e-mail de hoje, contou-me que estava a jogar ao balamento com um amigo e que já o estava a ganhar por 4 a 2. Parece-me que o que está em jogo é uma garrafa de champanhe e que praticamente está no papo... Sinais dos tempos.

quarta-feira, março 16, 2005

Ontem, quando um condutor de um camião quase me transformava numa tosta mista em plena Lisboa, dei por mim a chamar-lhe os nomes mais feios que alguma vez ouvi. Para mim claro, que a minha hipócrita educação e moral católicas não me permitem dizer tais coisas em voz alta.
Quando me apercebi que todos os nomes que me vinham à cabeça não ofendiam directamente o senhor mas antes a sua mãe, que não conheço, a sua mulher, que também não conheço e eventualmente todas as mulheres da sua vida, que não conheço nem quero conhecer.
Qual a razão de ser disto? Porque é que ao querer ofender um homem recorremos às mulheres da sua vida?
Perguntei ao R. se conhecia nomes feios que ofendessem única e exclusivamente os homens... “crápula, protozoário, cefalóide, monte de scheise ou conteúdo de fossa séptica, monte de esterco ou liminarmente Santana Lopes, PSL”. Mas não sei... embora me agradem não soam a palavrões... e como pode alguém ficar ofendido se não reconhece a palavra (com excepção do nome do ex-primeiro e reincidente presidente da CML)...?
Haverá de facto nomes que ofendam somente a dignidade de um homem?

segunda-feira, março 14, 2005

Irra que o homem não desiste...