Porque uma imagem vale mil palavras...

Não resisti e tive que roubar esta fotografia daqui 

Claro que sim! Ou não fosse o laranja a cor mais gira.

Your Inner European is Dutch!

Open minded and tolerant. You're up for just about anything.

Who's Your Inner European?

Uma pessoa apercebe-se que está mais velha quando,por exemplo, vai renovar o BI e não lhe tiram a altura.
- ... mas então não tenho que me colocar aqui para ver a minha altura?
- Menina, a partir de uma certa idade isso já não é necessário.

Livra, que mulher bruta! :)

Vá, esquece o murro no estômago, a cabeça tonta, os pensamentos a 240 à hora, a irritação por não poder fazer nada, a frustração por estar a 350 kms. de distância, o aperto no coração só em pensar naquela coisinha pequenina, inocente, numa incubadora.
Vá, pensamento positivo. A medicina evoluiu, os médicos são competentes, ela é forte.
(mas o aperto continua!). Merda!

A bebé mai linda do mundo! (depois dos meus sobrinhos, claro)

Eramos muitos, todas as noites tomavamos café no Vianna. Um grupo engraçado composto por solteironas karaoke e homossexuais convictos. O grupo inchava e diminuía, dependendo da época do ano, do clima, dos namorados. Mas o núcleo permanecia. Depois começaram a mudar-se, para Lisboa, para o Porto, para Londres e até houve uma que foi para Kinshasa. A doida varrida! O nosso escudo humano.
O grupo apesar de tudo mantem-se. Mais ou menos. Dentro do que é geográfica e humanamente possível.
O último grande encontro foi há um ano, altura em que a nossa menina decidiu oficializar a relação com o F., aproveitando o lapso linguístico de domingo de manhã de um F. ainda sob os efeitos do álcool 'O mor, porque não casamos?' Ainda hoje duvidamos da existência real deste diálogo, mas a verdade é que passadas umas semanas uniram-se de facto, verdade.
Um ano depois nasce o primeiro rebento da próxima geração. Na segunda-feira passada, nasceu a bebé Lara. De farta cabeleira preta, perfeita e linda!
E passámos à fase seguinte.
Parabéns meus queridos!

O meu irmão mais novo

Faz hoje anos. Menos um que eu.
Houve uma altura nas nossa vidas em que praticamente eramos gémeos, pequenos e magros, com o mesmo corte de cabelo e até de camisolas de gola alta iguais. Sempre quis ter um irmão gémeo e ele podia ter sido o tal.
Em pequeno era também ele o portador das torturas, brinquedo nas mãos dos irmãos mais velhos. Diziam-lhe 'destroi-lhes as casinhas e arranca os braços às bonecas' e ele obedecia-lhes. Cegamente. Depois vinham as cenas de pancadaria e embora fosse mais pequeno que nós tinha uma força descomunal. Nunca, eu e a minha irmã mais velha, o conseguimos derrotar. Tinha ataques de fúria que davam que pensar.
Na escola era generoso, ao ponto de ser castigado pelas professoras apenas porque nas aulas e após ter acabado os seus trabalhos, se levantava para ir ajudar os outros. Por iniciativa, porque lhe parecia ser normal. Antes de completar dez anos já sabia dizer as capitais europeias todas.
Teve uma adolescência terrível, em que colocou tudo em causa e desafiou os meus pais em tudo o que era humanamente possível. Houve tempos em que pensaram que tinham um marginal em casa, não obstante a educação católica e os bons exemplos.
Para agradar a todos lá se inscreveu num curso politicamente correcto que lhe iria permitir seguir uma carreira respeitável e assegurar uma vida financeiramente estável. Nunca o acabou. Mudou para outro, na área das ciências sociais. E deixou-se ficar.
Chorou ao assistir ao massacre em Tiannamen e, diz ele, foi nesse mesmo dia que lhe apareceu o primeiro cabelo branco.
Vive em permanente conflito com as injustiças deste mundo e afastou-se de todos. Tem coisas a resolver, que acertar contas com o passado.
Eu adoro-o, orgulho-me de ser sua irmã e tenho pena que não sejamos realmente gémeos.
Bem sei que não lês isto, não faz o teu género, mas queria deixá-lo por escrito. Adoro-te meu querido e espero que sejas feliz. Que encontres o que procuras. E que sejas sempre tu, indiferente aquilo que os outros possam pensar ou julgar. Porque és único e lindo. Parabéns!

Sempre que as coisas acontecem todas ao mesmo tempo, lembro-me logo da chuva de sapos do Magnólia: when it rains, it pours.
No espaço de uma semana fiquei desempregada e ganhei um sócio para a vida (tão lindo!). Demasiadas coisas ao mesmo, muitas decisões e planos.
Quanto ao emprego, estranhamente, não estou muito preocupada. Para quê prolongar a vida a um moribundo? Nem todos fomos fadados para martires, como o senhor do vaticano que estrebucha para se agarrar à vida quando esta lhe dá esticões para se libertar. É o encerramento de um ciclo. E até já recebi uma proposta para me tornar escrava sexual. Mas como não contempla descontos para a Segurança Social tive que rejeitar... há que pensar na minha velhice e no sustento dos meus gatos.

Passar a ter quatro pés no fundo da cama, foi assim que um amigo colocou a situação, não me assusta. Há uns anos atrás seria impensável, neste momento parece-me o mais acertado, embora o imaginar a sanita destapada ou o trocar o sofá pela mesa ao jantar me causem alguns arrepios. Mas nada que não se resolva.
Desconfio é da reacção dos meus amigos e irmãs. Ficaram todos tão felizes que dá para desconfiar. Porquê? Acharam que eu não era capaz? Que era um caso perdido? Pois...
Já tive uma conversa séria com os meus gatos, principalmente com o Ralph. Acabaram-se as noites aos pés da minha cama. Não gostou muito da ideia embora até simpatize com o R.
Falta agora informar o resto da família, só as minhas irmãs tiveram direito a um e-mail prioritário com assunto bombástico.
Os próximos tempos vão ser interessantes...