segunda-feira, janeiro 16, 2006

Estive a ver a Oprah. Finalmente lá decidiram comprar programas novos, finalmente lá nos livramos da senhora com a cara desfigurada pelo maridinho ciumento e da irmã gorda vs irmã magra em que a segunda adora a primeira, mas de uma forma muito original, to say the least. Finalmente lá nos livrámos do Tom Cruise aos pulos e urros saltitando entre o colo da Oprah e o sofá.

Esta série começou bem: com o Katrina e com todo o apoio da Oprah aos brothers e sisters vítimas do Katrina. Com banda sonora a condizer e discurso a puxar para o lamechas, como já é, aliás, hábito.

Para minha vergonha sucumbi à imagem fácil. Todos vimos e soubemos que muitas famílias se tinham separado, pais que não sabiam dos filhos, crianças e adultos abusados e mortos dentro do estádio, e achava que já nada me surpreendia nem me comoveria. Até ver o rapaz agarrado ao cão de 14 anos, a recusar-se ir embora sem o bicho. E o alívio e grande alegria do rapazito quando o ajudante da Oprah lhe garantiu que ficaria com o cão e que se comprometia a entregar-lhe para onde quer que o dono fosse. E entregou-o. No dia seguinte. Funguei, puxei do lenço e foi uma choradeira pegada. Acho que agora só os bichos me comovem...

Não, não é um daqueles dias do mês. É mesmo a véspera do dia do meu aniversário, que se adivinha normal, ordinário, sem surpresas...
Neste dia, há uns anos atrás houve um sismo enorme no Irão ou no Japão, já nem sei. Houve uma guerra que começou no Kuwait mandatada pelo imbecil sénior pai do imbecilóide júnior. A ver vamos o que nos reserva o 17 de Janeiro de 2006. Para já, tenho que ir tomar qualquer coisa que me anime o espírito.

P.S.1: um ranger qualquer dum sítio profundo dos EUA deixou um comentário no post abaixo. Gosta de sumo de frutos pelos vistos. What the f...?
P.S.2: a propósito de guerra no Kuwait, adorei o Jarhead do nosso menino Mendes. Para mim é para esta década o que o Apocalipse Now foi para os setenta e o Platoon para os oitenta, mas já me disseram que é exagero. Mas acredito que nem o F.F. Coppola conseguiria aquelas cenas do deserto a arder. "Join the dark side, Luke".