segunda-feira, dezembro 12, 2005

Presentes de Natal

“Prendas só para os bebés que vão nascer.” Foi assim que uma amiga minha resolveu equilibrar o orçamento para as prendas de Natal deste ano.
Prendas para os bebés que vão nascer. Não me sai da cabeça. Mas se ainda nem nasceram… Qual é a lógica?!
Um presente é suposto ser uma coisa pensada, escolhida, oferecida com carinho e recebida com o entusiasmo proporcional. Mas se ainda não nasceu…
Mesmo nascidos, eles não entendem nada. São como os meus gatos: dá-se-lhes umas folhas amarrotadas e é vê-los entretidos a brincar durante horas. Qual brinquedo anatómico desenvolvido na Itália qual quê?!
As futuras mães, com 5 células apenas no útero, andam tresloucadas às compras, com a desculpa ideal para gastarem rios de dinheiro naquilo que mais gostam: roupa e sapatos. Tamanho 2, 6 ou 8, não importa, é apenas um detalhe. São compras! Elas não precisam de “prendas para os bebés”. Elas já lá têm tudo. Em excesso. Se não, pedem o carrinho e o berço à prima ou à prima da amiga. Até porque carrinhos e berços ninguém oferece…
E quem não tem bebés? Sim. Digamos, do nosso círculo de amigos, 95% não tem bebés.
Decidi também criar uma regra para este Natal: presentes só para os amigos que este ano tiveram mais que 7 parceiros sexuais. E família, claro. É uma regra tão justa quanto a outra. E da forma como as coisas andam, acho que só o P leva presente este ano…