sexta-feira, abril 30, 2004

A menina do seu papá

Nunca gostei muito da actriz Gwyneth Paltrow. Para além do palmo de cara e corpinho de sereia (que nem por isso é único, raramente se encontram mulheres feias e mal feitas na 7ª arte), sempre achei que o estatuto que goza, foi ganho não às custas de um talento e génio na arte de representar, mas antes à conta do padrinho Spielberg e dos amigalhaços do papá-produtor-em-hollywood.
Quando lhe foi entregue o Óscar para melhor representação feminina com o medíocre Shakespeare in Love (céus! só o título assusta!), a menina Paltrow teve aí a representação da sua vida, não no filme mas ao receber nas mãos a estatueta. O sonho americano materializava-se: a menina loura, branca, de boas famílias, envolta numa nuvem de tule rosa virginal, assinado pelo politicamente correcto Ralph Lauren, desfazia-se em lágrimas. De incredulidade, só pode.
Tudo nela me soava a cunha, padrinhos, empurrões, etc.
A minha opinião alterou um bocadinho aquando do Royal Tenenbaums. Atreveu-se e foi bem sucedida.
Ontem vi-a na pele da Sylvia Plath. E rendi-me.
Belíssima Plath

quinta-feira, abril 29, 2004

E agora?

Acho que perdi a capacidade de amar. De entrega. De partilha.
Ele foi-se, fechou a porta (‘bate bem a porta’) com um baque e depois nunca mais o vi.
Mas tenho-o ouvido e lido. Há dias.
E a sensação de angústia que me faria perder 5 quilos numa semana se eu tivesse 18 anos, não veio. Ficou um vazio. Isso ficou. Apesar da vida tão cheia de coisas. Esse vazio aparece com a fúria dos relâmpagos, inesperado, naquelas horas manhosas em que tudo é melancolia. E tenho saudades. Sinto falta. Dos passeios à praia. Da descoberta dos castelos. Do cheiro da pele ao acordar. De ouvir ‘oh pá....’
Mas ter saudades não é suficiente, disse-me ele. Gostar apenas, não é suficiente. Pedir desculpa não chega.
Há que haver entrega. Há que não haver segredos. Ou mentiras. Ou omissões.
Não sei que faça...

segunda-feira, abril 26, 2004

Rosas, Madalenas, Ceias e Úteros

Ando desaparecida estes dias. Só saí de casa para comprar cigarros e comida para os gatos.
Então não é que fui levada pela publicidade, sim eu que me orgulho que bebo e como aquilo que quero e que a mim o marketing (essa ciência obscura) não me apanha, e corri à Bertrand e comprei o Código da Vinci!?
E li-o em dois dias.
E à medida que o ia lendo ficava cada vez mais com a impressão que aquele foi o livro com a visão mais hollywoodesca que alguma vez li. Imaginava já o protagonista vestido de tweed como o velho salteador das arcas. A menina francesa bem que podia ser a bela Julie Delpy ou mesmo a Virginie Ledoyen. O professor inglês.... hummmm bem que podia ser o lindo Ralphie, mas de muletas....? Não, escolham lá outro, s.f.f. . Quanto ao senhor da Obra de Deus pode ser o Willem Dafoe, não pode? Ou o Michael Douglas.
Pronto! Preparem-se lá para a mega-produção da Miramax de ‘O Nome da Rosa II – a Sequela’.

Mas está engraçado. E curioso. Eu que não vou em cantigas de religiões, lendas, misticismos e afins dei por mim a visitar sites sobre a Opus Dei (vade retro) e o Vaticano (dito) e simbologia e matemáticas. Está giro.
Bem, agora vou-me porque ainda não acabei o Da Vinci Code Web Quest. Empanquei na página do editor e não sei como sair de lá...

sábado, abril 17, 2004

Beautiful people

Tenho andado estes dias pelo Estoril Open, por motivos de trabalho. Nao sou adepta da modalidade muito menos de feiras de vaidades.
Nao gosto de rotular generos e feitios, com a excepcao dos taxistas lisboetas, mas ceus! que gente e aquela que pulula pelo Jamor?! Betos, candidatos a betos, betos grandes, betos embrioes, a nossa decadente classe politica, os vips das revistas rosa velho...
So nao encontrei verdadeiros adeptos. Aqueles que correm por amor a arte. Ou nao. Se calhar esses enfiam-se nos courts indiferentes ao zoo que vai lá fora.
Se isto e desporto e um dos maiores eventos portugueses, então ta mal. Muito mal. Somos tao tristes e deprimentes.

quarta-feira, abril 14, 2004

Ja te escrevi milhentas mensagens mas na altura de enviar perco a coragem. Porque antecipo as tuas respostas e nao sei se as quero ouvir...
Ainda estas zangado comigo?

segunda-feira, abril 12, 2004

Decidi voltar!
Nao sei ainda porque... talvez devido ao formigueiro que sinto nas pontas dos dedos... ou a neura dos ultimos dias...
Tou mal disposta, irritada e aborrecida. E farta de pedir desculpa por ser incompetente nas questoes relacionadas com o meu petit coeur.
Desculpa, mas nao sei fazer melhor. Tu, pelos vistos es perfeito: sabes as respostas a todas as perguntas, sabes o timming para tudo, a palavra-chave indicada para cada momento.
Eu nao. Se calhar nunca saberei.
E estou cansada de pedir desculpa por aquilo que sou.