A menina do seu papá
Nunca gostei muito da actriz Gwyneth Paltrow. Para além do palmo de cara e corpinho de sereia (que nem por isso é único, raramente se encontram mulheres feias e mal feitas na 7ª arte), sempre achei que o estatuto que goza, foi ganho não às custas de um talento e génio na arte de representar, mas antes à conta do padrinho Spielberg e dos amigalhaços do papá-produtor-em-hollywood.
Quando lhe foi entregue o Óscar para melhor representação feminina com o medíocre Shakespeare in Love (céus! só o título assusta!), a menina Paltrow teve aí a representação da sua vida, não no filme mas ao receber nas mãos a estatueta. O sonho americano materializava-se: a menina loura, branca, de boas famílias, envolta numa nuvem de tule rosa virginal, assinado pelo politicamente correcto Ralph Lauren, desfazia-se em lágrimas. De incredulidade, só pode.
Tudo nela me soava a cunha, padrinhos, empurrões, etc.
A minha opinião alterou um bocadinho aquando do Royal Tenenbaums. Atreveu-se e foi bem sucedida.
Ontem vi-a na pele da Sylvia Plath. E rendi-me.
Belíssima Plath
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