domingo, novembro 19, 2006


É o sonho de qualquer mulher: casar e receber uma panela, um pente e um gato. E que lhe digam na cerimónia que os homens novos podem esquecer as suas promessas...
Foge Katie, foge enquanto podes! Ou não...

sexta-feira, novembro 17, 2006


Foi na Primavera de 2002. Estava em Budapeste para uma formação de 3 semanas e ficámos alojados numa pensão nas redondezas de Buda. A comida era péssima mas a simpatia do rapaz da recepção era do melhor.
Eramos muitos nessa acção, de imensos países europeus. De alguma forma o rapaz da pensão apercebeu-se que havia naquele grupo duas portuguesas (eu e a minha colega) e um dia chamou-nos. Não falava praticamente inglês nenhum, mas lá nos conseguimos entender. Queria mostrar-nos um álbum de recortes de jornais, com fotografias do Benfica nos anos 50 e 60 (acho...) e de encontros de futebol. Achei piada ver recortes de jornais portugueses num subúrbio de Budapeste e que referiam um génio do futebol Húngaro, pelos vistos o pai do rapaz. O dono da pensão. Um senhor ainda bonito que passava por lá de vez em quando. Mas como não percebo nada de futebol, sorria ao rapazito e acenava com a cabeça "Sim senhor, muito bem. Futebol. Pois. O seu pai, pois é. Anos sessenta o Benfica. Pois, pois".

Meses mais tarde, em jeito de conversa disse ao meu pai que tinha conhecido a família, e o homem, qualquer coisa Puschas. Se ele sabia quem ele era. Acho que desde então subi imenso na consideração do meu pai. Eu, sim, a filha dele, tinha estado na casa do Puskas, tinha estado com ele e conhecido a prole.

Hoje leio no jornal que morreu Ferenc Puskas. Devia ser mesmo muito importante. Para mim é: era a única lenda, viva até ontem, com quem privei até ao momento.