quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Ando eu a repetir isto há meses... diz-lhes como é Jerónimo!

Sobre o projecto de lei para a despenalização do aborto, Jerónimo de Sousa insistiu na ideia de que o Parlamento, com maioria de Esquerda, tem todas as condições para alterar a legislação sem referendo.

O líder comunista considerou que a iniciativa já anunciada pelo BE para a realização de um novo referendo sobre o aborto "é uma manobra dilatória que desresponsabiliza a Assembleia da República".
JN 23 de Fevereiro

Basta de discursos populistas e ocos. E à nossa esquerda caviar peço apenas um bocadinho de humildade, que saiba ouvir e aprender. Não basta apenas não usar gravata...

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

... mas lindos, lindos, foram os resultados na Madeira... 3-3... e o discurso do AJJ... escrito, sem improvisações... tiros nos pés e assim... :))

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

Há cerca de dois anos estive no Moinho da Juventude, na Cova da Moura. Uma pequena mas grande associação que faz um trabalho louvável. Lembro-me que fizeram-nos depois uma visita guiada pelo bairro e fiquei logo com a impressão de estar num Little Cabo Verde, se por artes cinematográficas a Cova da Moura se situasse em Nova Iorque. Vi velhos e velhas cabo-verdianos sentados às portas das casas em amenas cavaqueiras, cabeleireiros afro, mercearias com bananas reais. E gostei do que vi.
Um pouco mais à frente, senti necessidade de olhar pela minha mala e nem foi necessário o aviso dos cicerones, bastou olhar e ver ali um Little Casal Ventoso. Há dois anos. Quando decidiram, e bem, acabar com o Casal Ventoso. Mas quando fizeram, e mal, espalhar os fornecedores e clientes do Casal Ventoso por Lisboa.
Gostei da peça que o canal público exibiu ontem sobre a Cova da Moura. Porque lá não acontecem apenas tiroteios, porque lá há gente, imensa, que se dedica de corpo e alma aos que lá vivem. Como os do Moinho da Juventude. Porque cuidam daqueles que nos limpam os escritórios durante a noite, que arrumam os nossos quartos dos hotéis, que nos constroem os prédios e limpam as nossas ruas. Uma multidão invisível, ilegal.

Esta manhã enviaram-me a entrevista que o João César das Neves deu ao Independente de hoje. Não sei se me ria se chore... leiam-na  aqui 

Para piorar li que 5 em 6 sondagens de opinião dão como garantida a maioria absoluta ao PS.
Estive há dias em Santarém e vi-me envolvida na multidão que acompanhava o Sócrates na oferta de rosas vermelhas e de porta-chaves. A encerrar a comitiva vinha uma banda a tocar músicas de carnaval...
E já repararam que o homem está diferente? Os fatinhos cinzentos de aldeia... e o tom beato... E que tique é aquele das mãos quando fala sentado?

Valha-nos o Million Dollar Baby do grande Clint Eastwood que estreou ontem! O fim-de-semana não está totalmente perdido.

terça-feira, fevereiro 15, 2005

A alma nacional

Que deprimente. Vi ontem pela primeira vez aquela coisa com a Catarina Furtado (olhem para mim, eu sei que sou gira e interessante, mas não o digam) e o Diogo Infante, sobre as aparições na Cova da Iria. No site da RTP classificam-no como 'um tocante melodrama romântico' o que é no mínimo risível. Pena a minha televisão estar com problemas de sincronização porque nem sempre o movimento dos lábios dos actores coincidia com o som das palavras... os pastorinhos eram lindos, muito linha, sei lá. Mas adorei mesmo os figurantes, a apontar para o céu e a olhar para a câmara! Que coisa deprimente esta... a senhora de fátima bem que podia ter intercedido e ajudado aqui e ali com um milagrezito...
Pior mesmo só aquela série sobre a vida da Linda com a mala de cartão... O Oliver Stone não o faria melhor.

P.S.: o que é suposto fazer num dia de Luto Nacional? Ou não fazer?