segunda-feira, maio 10, 2004

O futuro

...porque esta resposta merece um post e não ficar confinada a uma caixa de comentários.
- Não havia necessidade de matar o cozinheiro. E sabendo exactamente que o pobre diabo teria morrido logo a seguir a ter confeccionado aquela comida especialmente deliciosa, causaria a minha morte, decerto, por remorsos.
- A minha vida não é perfeita. Haverá vidas perfeitas? Não tenho tal ilusão…
- Sim, as relações são efémeras. Umas mais que outras…
- Não sei qual a esperança de vida dos gatos… tão longa quanto a minha, espero.
- O apartamento é sempre uma mais-valia, assegurou-me ontem a minha irmã bancária.
- E ninguém consegue prever o futuro! Não sei o que vai acontecer amanhã quanto mais daqui a 10 anos.

As oportunidades também podem estar ao virar da esquina, onde ainda se fala uma língua que entendo e que gosto e não necessariamente num sítio onde até os cereais do pequeno-almoço têm paprika...

Mas sei o que quer dizer e agradeço que o tenha escrito. O dia de hoje foi passado numa outra dimensão: enquanto andei de metro imaginei as paragens com nomes estranhos e impronunciáveis; de autocarro, imaginei-me dentro de máquinas construídas na primeira década do século XX; ao olhar as mulheres na rua imaginava-as de cabelo descolorido a um palmo da raiz; e tanta outra coisa.
Budapeste não é o bicho papão feio que tanto pinto. É uma cidade encantadora, com um Danúbio castanho e outros tantos atractivos, enfim...

Não me ajudou a tomar uma decisão, até porque acho que essa já está tomada mas por outros motivos que não falei aqui. Afinal isto é um diário sem cadeado…