segunda-feira, maio 24, 2004

1.000 mulheres = 1 homem

A propósito da candidatura de um grupo de 1.000 fêmeas ao cobiçado Nobel da Paz, versão 2005 e das diferenças e igualdades e preconceitos...

"(...)Apropriado: este discurso pseudofeminista desemboca afinal nos mesmos preconceitos genéricos que enformam o discurso protomachista de todas as grandes religiões - para as quais a mulher tem que se redimir do pecado original através de boas obras, das dores da Maternidade e do pudor. Nas homenagens às mulheres, mesmo nas feitas por mulheres que estão convencidas do seu feminismo, há sempre um parágrafo para sublinhar que fulana ou sicrana se destacou sem deixar de ser boa mãe e de cozinhar alegremente para a família, e de servir de 'exemplo' de bom comportamento. Enquanto a maioria das nossas feministas se mantiver tão parecida com o João César das Neves, é de facto muito difícil que a importância cívica, política e social das mulheres cresça.(...)"

Inês Pedrosa - naquela revista que vem com um jornal grande, com muito papel, sendo que maioria não interessa e vai directamente para o contentor de reciclagem, de sábado passado.